25 julho 2016

Crônica: será que preciso de um projeto?

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Por Gilberto Belleza (crônica)  | Crédito: Ilustração: Maria Eugenia

Muito do que acontece em nossa vida é planejado e programado. Até a nossa própria existência, em muitos casos, foi idealizada por nossos pais. Por que será, então, que não valorizamos um projeto de arquitetura onde o que desejamos pode ser concebido, estudado e mais bem executado? 
Talvez isso se deva ao desconhecimento de boa parte da sociedade sobre o papel do arquiteto. A contribuição pode vir mesmo antes da aquisição de um imóvel ou terreno – apontando suas vantagens e desvantagens –, ou ainda frente a uma construção – destacando possíveis defeitos a serem sanados ou problemas que poderão aparecer no futuro. Esse profissional estudou para isso e, certamente, irá compartilhar com o cliente sua experiência, auxiliando-o a tomar a melhor decisão. 

Muitas vezes, as pessoas não sabem definir exatamente o que desejam. Por isso, é importante que o cliente apresente claramente suas necessidades, permitindo-se não impor soluções, pois o arquiteto poderá apresentar alternativas originais e vantajosas. Quer uma janela quadrada ali? No entanto, uma abertura no teto ou um pequeno visor externo poderiam enriquecer muito mais a vista interna. Essa interlocução deve cada vez mais se aprofundar num grande diálogo e significativa troca. Temos um velho ditado que diz que “os melhores projetos são feitos para os melhores clientes”, justamente aqueles que têm uma verdadeira participação e contribuição no processo – não tanto em sua forma, mas sobretudo em suas ideias. Com isso, vão se desenvolvendo as soluções estruturais e construtivas, os ambientes e suas necessidades e, por fim, os detalhes e acabamentos.
Tudo é especificado no desenho. Onde fica o interruptor? Como é o rodapé? E o guarda-corpo? Para que lado abre a porta? Alguns podem questionar: “Mas eu só pretendo trocar os revestimentos do banheiro”. Ora, será fácil trocá-los? O piso não irá escorregar? O chuveiro dará vazão ao volume de água? São definições aparentemente básicas e simples, mas, se somadas a outras centenas de decisões sobrepostas, podem transformar a vida de alguém inexperiente em um verdadeiro inferno. 
Não pense duas vezes antes de iniciar um projeto e uma obra. Eles serão inesquecíveis. A diferença é que poderão ser inesquecíveis positivamente, se acompanhados por um arquiteto; ou negativamente, se feitos por você sozinho, deixando lembranças à vista para o resto da vida.

*Gilberto Belleza, arquiteto, é mestre e doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), além de professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).



FONTE: Arquitetura e Construção




24 julho 2016

Resenha - Linha S.O.S Bomba - Salon Line

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Olá Amoras!!!
Tudo certinho com vocês?
Desde que comecei minha transição capilar, que estou sempre em meio a GRANDES descobertas!
Estou gostando muito dessa linha S.O.S bomba da Salon Line, eu confesso que tinha usado apenas o Xampu. Que comprei numa loja aqui da minha cidade. Só que tinha ganhado da Casa Nostra Cosmeticos a hidratação, e estou amando. Isto porque realmente cumpre TUDO que promete. Igual o Xampu. 




Meu cabelo tem crescido bastante desde que comecei a usar-la, sem falar que está mais forte e saudável. E parou de cair bastante!
Desde que se começou a falar sobre PROJETO RAPUNZEL,  todas as meninas andam a procura de produtos contendo  ingredientes que possam nutrir e restaurar a fibra capilar, fazendo com que haja o crescimento acelerado do mesmo. E é com essa proposta que a SALON LINE criou uma linha com essa finalidade. Chega de misturinhas meninas!!! Ela contém TUDO que nossas madeixas precisam!

Com Vitamina A - que auxilia no crescimento dos fios.
Óleo de Rícino – que combate a queda por quebra dos fios, fortalecendo-os.
D-Panthenol - que dá força aos cabelos, hidrata e combate o ressecamento 
Whey Protein -  rico em aminoácidos essenciais com forte poder restaurador.



A  linha proporciona um tratamento ultra profundo, crescimento saudável e desembaraço.  Produtos totalmente sem sal, para uso diário em todos os tipos de cabelo.
Além disso a linha encaixa-se perfeitamente em todas as etapas do cronograma capilar, ou seja, hidratação, nutrição e reconstrução. Olha só a composição abaixo:


Composição: Aqua, Disdium EDTA, Guar Hydroxypropyltrimonium Chloride, Polyquartenium-7, Sodium Laureth Sulfate, Cocamidopropyl Betaine, Glycol Distearate, Cocamide DEA, PEG-90M, Sodium PCA, Parfum (Fragrance), Methylchloroisothiazolinone, Methylisothiazolinone, DMDM Hydantoin, Whey Protein, Retnyl Palmitate, Rose Extract, Glycyrrhiza Glabra Rhizome/Root, Cichorium Intybus Leaf Extract, Hydrolyzed Rhodophycea Extract, Panthenol, Bertholletia Excelsa Seed Oil, Menthol, Biotin, Propylene Glycol, Ricinus Communis Seed Oil, Phenoxyethanol, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben, Butylparaben, Imidazolidinyl Urea, Butylphenyl Methylpropional, Hydroxycitronellal, Limonene, Linalool.

E ai meninas gostaram dessa novidade?
Espero que sim, beijinhos até outro post.
Beijinhos!!!



19 julho 2016

Louisa Clark e seus looks coloridos.

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Depois de minha amiga me recomendar o filme Como eu era antes de você, eu resolvi dá uma conferida e amei.
Inclusive me apaixonei pelos looks da Louisa Clark, além de divertido e ousado, o estilo da Lou é sempre criticado por Will nos leva a várias cenas maravilhosas e bem divertidas na história.
Ela é uma garota animada, sorridente, que acredita no bem das pessoas, que não deixa de expressar seus sentimentos e que nunca odiou ninguém. Ela também batalha muito pra ajudar sua família, principalmente financeiramente. Com todo esse alto-astral, a garota também ama moda e expressa isso com muita confiança em si mesma.



Os looks dela sempre contam com o uso das meia-calças coloridas que ela ama! E vamos combinar, elas realmente fazem a diferença!!! Principalmente a de abelhinhas que eu tô louca querendo uma já! Um fato nítido é que ela não tem receio nenhum de ousar e investir em misturas de estampas e cores, e de fato eu super me identifico! <3









A Lou consegue inspirar e transmitir através das roupas a sua personalidade, com seus looks fofos e extravagantes, consegue mostrar quem ela realmente é. E o que dá pra ver, é como era ousada, alegre e como conseguia transmitir sua 'inocência' através das roupas. Isso os ensina que é preciso ter menos receio de abrir o guarda-roupa e nos divertir vestindo algo que transmita quem somos, sem nos preocuparmos com as pessoas nos acharem esquisita. 

Link para trailer: https://youtu.be/PnqUs3xiAVI

5 motivos para ler : A Menina que roubava livros

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Imagem: Google.com


MOTIVO I O narrador. O narrador é a Morte. Mas não é a mesma que nos citaram sempre: sorumbática, mal humorada, apavorante, feia e triste. Aliás, que nesta obra, não se sabe especificamente qual seria a característica “física” dela. Dele? É espectro, mas é quase gente, porque sente temperatura, odores, gosta de cores e de nomes. Não é frágil, mas chega a se fragilizar. Gosta das palavras, talvez seja mais um motivo para a rápida identificação com Liesel. “Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável”. (Zusak, 2007: p. 9) A menina sente, percebe, tateia, rouba. Ela igualmente, o roubo é de coisa sem vida: corpos. Roubar coisas sem vida não seria roubo. Seria? Livros não lidos, serem roubados, é roubo? Liesel recolhe, acolhe e dá vida aos livros. A morte recolhe, acolhe corpos que viveram. A morte seria o fim de uma história, Liesel seria o início. As duas seriam o fio da narrativa que mistura elementos tão antigos, mas tão interessantes e enigmáticos como 3 sempre e embevecem de poesia a trama toda. Elementos como a perda, amizade, o amor, as injustiças, a guerra e os livros.


 MOTIVO II O segundo motivo para ler A menina que roubava livros está em encontrar-se com o pretexto (real) de uma menina querer roubar livros. Encontrar-se e, dessa maneira, investigar as outras causas de Liesel. A menina ansiava, em seu íntimo, roubar palavras. Mas não como se fossem coisa, queria roubá-las como se fossem algo que necessitavam de interpretações originais. A menina quer roubar palavras e nem sabe do que se tratam, pois não sabe ler, nem escrever. Mas sentiu necessidade de tê-las mais perto de si. Quererá aos poucos descobrir seus sentidos, ou a falta deles. Ela tem nove anos, uma mãe sozinha, um irmão morto e o gelo imenso da guerra alemã para encarar. É no cemitério, no enterro do irmão, que a menina rouba o primeiro livro de uma série: “Havia uma coisa preta e retangular abrigada na neve. Só a menina viu. Ela se curvou, apanhou-a e a segurou firme entre os dedos. O livro tinha letras prateadas”. (Zusak, 2008: p. 26). Era O manual do coveiro. Estranha leitura para uma criança de tão tenra idade. Mas aquela menina viu o livro, abrigado na neve. A capa preta e a letra dourada pareciam querer dizer em segredo, que seria preciso aprender a perder aos poucos. E que seria prudente, inclusive, aprender a enterrar o passado, mas aos poucos. 



MOTIVO III Nesse momento, pode-se parar e respirar um pouco, por conta da falta de sentido ao sentido de roubar um livro, no caso, um manual de como enterrar bem um caixão. A narrativa desorienta o leitor incauto: ler sem saber ler? Como? Deparamo-nos com o terceiro motivo para a leitura da obra em análise: ler para aprender a ler. E aqui, Liesel nos dá uma lição memorável: livro é para ser lido, mas antes deve ser querido. Deve-se querer ler. Afinal, “um texto existe porque existe um leitor para dar-lhe significação”. (CAVALLO; CHARTIER, 1998, p. 5). Lisel aprenderá a fazê-lo, devagar, pacientemente, e, sobretudo: magicamente. Há espaço então, para uma reflexão: a literatura não poderia ser empurrada como em goles difíceis, todos precisariam poder escolher o que ler. De tal maneira, haveria o deparar-se mais rapidamente com a lucidez encantadora, dulcificante, áspera, difícil, mas elementar, que é a 4 prática do encontro com as palavras. Até porque, o objeto livro vem depois, o que os escritores fazem, inicialmente, é escrever textos: Os autores não escrevem livros: não. Escrevem textos que se tornam objetos escritos – manuscritos, gravados, impressos e, hoje, informatizados – manejados de diferentes formas por leitores de carne e osso cujas maneiras de ler variam de acordo com as épocas, os lugares e os ambientes (CAVALLO; CHARTIER, 1998, p. 9).



 MOTIVO IV Surpresa. Sim, a surpresa seria o terceiro motivo para ler este romance. A surpresa de encontrar uma narrativa nova sobre um tema gasto e agastado: o holocausto. Há sessenta e quatro anos começava uma das piores fases da história do mundo. Uma fase vergonhosa, triste, suja: indizível. E indescritível, já que o horror foi tanto, tamanho, que excedia (e excede) o universo do dizer, escrever, exprimir. A menina que roubava livros traz essa e outras surpresas. Trata-se de um novíssimo olhar sobre a guerra do Führer, e, sugere que seja um olhar sem intenção de ferir. Já que todos (uns em dose alarmante) de alguma maneira fomos decisivamente afetados. Rudy Steiner, vizinho e amigo de Liesel é outra surpresa. A surpresa de uma paixão que nasce e cresce ali perto, mas tão distante de se realizar na prática, quanto um sonho inventado. É uma companhia-companheira, rouba frutas com ela, rouba a alegria onde nem há, numa Alemanha que não deixou saudade. Rouba um livro para ela. Depois vai embora com a Morte. É uma surpresa existir uma história de amor sem materialização, e nem por isso se tornar história de amor frágil. Aliás, seja talvez por isso, que tal história de amor seja tão forte. 



MOTIVO V Não é fácil chamar a atenção pela linguagem. Haja vista tantos livros encalharem na possibilidade de serem lidos. Ou, serem lidos, mas serem lembrados justamente pela 5 dificuldade do encantamento daquela linguagem. Mas que mistério é esse? O de cativar pela linguagem? O autor de A menina que roubava livros realiza o que se pode chamar de façanha: incitar pelo óbvio. Escrever como quem conta, quando na verdade, escreve como quem quer que o outro (no caso, o leitor) ouça. Isso não é novidade na literatura, muitos tentaram. Novidade é que poucos conseguiram. Porque o leitor pode se agastar, mas no caso desta narrativa, o leitor segue. Pode até parar para um café, água, dormir. Mas continua e termina com a uma confissão: “Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito”. (Zusak, 2008: p.459) Ela reflete porque sabe perfeitamente sobre o que narra, ou pelo menos sugere saber. E sugere saber também que a linguagem é coisa muita séria e que quando bem usada, pode-se distribuir o que se quer dizer como quem atravessa uma noite fria embaixo de um bom e afetuoso cobertor quente. Ainda que nos encontremos no frio gelado de uma guerra sem nenhum sentido. Ainda que seja o fim do mundo.




by Solineide Maria de Oliveira e Patrícia Kátia da Costa Pina




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